Chapada dos Guimarães: o que fazer e onde ficar

Chapada dos Guimarães o que fazer

Chapada dos Guimarães: o que fazer e onde ficar

Montar um roteiro na Chapada dos Guimarães é um desafio, pois há tantas opções que é comum o viajante não saber o que fazer.

De fato, estamos falando de um destino que reserva diversos pontos turísticos cheios de natureza, o que o torna perfeito para quem gosta de ecoturismo e aventura.

Percorrer um circuito de cachoeiras, fazer trilhas em meio ao cerrado e observar o pôr do sol de mirantes são algumas atividades que você deve incluir no roteiro.

Além disso, a região é um cartão-postal brasileiro, principalmente devido às gigantescas formações rochosas de arenito.

E aí, já ficou com vontade de conhecer esse destino?

Reunimos as principais dicas neste guia da Chapada dos Guimarães, incluindo o que fazer, quais pontos turísticos visitar e onde se hospedar.

Pronto para embarcar nessa aventura?

Guia da Chapada dos Guimarães: curiosidades sobre o destino

Se tem um destino que perfeito para quem curte paisagens imponentes, ecoturismo e aventura, esse lugar é a Chapada dos Guimarães.

Localizada a cerca de 70 km da capital Cuiabá, a Chapada é formada por uma estrutura montanhosa extravagante e colorida  — formada graças aos movimentos de placas de tectônicas durante milhões de anos. 

Lá a paisagem é composta por imensas estruturas rochosas, que formam paredões de arenito que praticamente reluzem contra os raios do sol. 

Chapada dos Guimarães o que fazer
A paisagem é tão grandiosa que não cabe em uma imagem. Foto: Mariana Blauth

Além das formações rochosas, a paisagem fica ainda mais bonita com a vegetação, que apresenta mais de dez tipos de cerrado, e a grande diversidade de pássaros que habitam a região.

E para você ter uma ideia, a região conta com cerca de 450 cachoeiras catalogadas que nunca secam  — nem mesmo no período de pouca chuva.

Então, para qualquer direção que você olhe, encontrará um verdadeiro cartão-postal!

É incrível descobrir destinos tão bonitos  (e, diga-se de passagem, ainda pouco explorados pelos brasileiros) em nosso país!

Chapada dos Guimarães o que fazer
Ao viajar para a Chapada dos Guimarães, prepare-se para um contato intenso com a natureza. Foto: Mariana Blauth

O destino também oferece várias opções de atividades para os viajantes que adoram ficar em meio à natureza: cachoeiras, trilhas, mirantes e nascentes.

É justamente por isso que elaboramos este guia sobre o que fazer na Chapada dos Guimarães, que reúne as principais atividades que não podem ficar de fora do roteiro.

E aí, viajantes, preparados para conhecer um novo destino?

Chapada dos Guimarães: o que fazer? 6 atividades que devem ser incluídas no roteiro

Então, vamos ao que interessa: o que fazer na Chapada dos Guimarães?

Você vai perceber que esse destino é eclético, pois está preparado para receber visitantes de todos os cantos do mundo, idades e gostos.

Nossa dica é que você fique pelo menos dois dias na Chapada para cumprir o roteiro.

Este guia faz parte de uma série de conteúdos produzidos a partir de uma viagem ao Mato Grosso a convite do Programa Investe Turismo, do Ministério do Turismo, da Secretaria de Turismo do Estado de Mato Grosso e do Sebrae Mato Grosso.

Nos próximos tópicos, elencamos as seis atividades mais legais que você deve fazer no destino. Vamos nessa?

1. Conhecer o Complexo da Salgadeira

O Complexo Turístico da Salgadeira fica às margens da MT-251 entre as cidades de Cuiabá e Chapada dos Guimarães.

O principal atrativo por lá é a cachoeira que dá nome ao complexo: a Salgadeira.

Aliás, ela também é um dos principais pontos turísticos do Mato Grosso, o que significa que é parada obrigatória!

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Cachoeira Salgadeira é parada obrigatória no roteiro. Foto: Mariana Blauth

Almoce no Restaurante Morro dos Ventos

Nossa dica é que você conheça o complexo de manhã, porque pertinho fica o Restaurante Morro dos Ventos.

Há duas razões para conhecer esse restaurante:

  1. Ele tem vista para o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
  2. O cardápio tem três tipos de comidas típicas da região.

E cá entre nós, não tem combinação melhor do que uma vista incrível com comida deliciosa!

As opções incluem o prato típico Maria Isabel, que é um carreteiro com carne seca, galinhada e arroz com porco.

Cada prato alimenta cinco pessoas e custa por volta de 180 reais, com salada, farofa de banana e feijão como acompanhamento.

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Vale a pena experimentar os pratos típicos da região. Foto: Mariana Blauth

O local também possui mirantes, onde você pode tirar muitas fotos com o fundo da Chapada. 

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A região é repleta de mirantes para observação da paisagem – onde vale a pena fazer registros. Foto: Mariana Blauth

2. Fazer uma trilha na Cidade de Pedra

Não dá para conhecer esse destino sem percorrer uma trilha na Cidade de Pedra, que fica dentro do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.

Esse é um dos melhores pontos de observação dos paredões de arenito, pois durante a trilha você percorrerá mirantes de 250 a 350 metros de altura, com vista para o Vale do Rio Claro. 

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Vista da trilha da Cidade de Pedra dá para os paredões de arenito. Foto: Mariana Blauth

O local tem esse nome justamente porque tem grandes pedras que testemunham a era geológica.

Chegando lá, você vai encontrar um cenário de cidade em ruínas!

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As pedras são grandes, criando a paisagem de cidade em ruínas. Foto: Mariana Blauth

As rochas da Cidade de Pedra são um marco do trabalho de milhões de anos de intempéries.

Por isso, muitas delas parecem ter sido “cortadas” pelo vento, algo que fica perceptível quando batemos os olhos nelas.

Já a caminhada é feita em meio à vegetação, que é de cerrado anão —  portanto, não passa de meio metro de altura.

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Trilha na Cidade de Pedra é relativamente leve e tranquila. Foto: Mariana Blauth

Prepare o “kit de sobrevivência” na Cidade de Pedra: chapéu, óculos de sol, protetor solar, repelente e água. 

Aliás, aqui vai um detalhe importante: a maioria das atividades no Parque Nacional precisam de acompanhamento de guia local, como é o caso dessa trilha.

Mas não se preocupe, vamos explicar melhor como visitar o parque adiante!

3. Percorrer o Circuito das Cachoeiras

Também dentro do Parque Nacional, fica o Circuito das Cachoeiras.

Atualmente a trilha passa por seis cachoeiras, que são liberadas para banho.

E é altamente aconselhável que você tome mergulhe por lá, pois as águas da Chapada são relativamente mais quentes do que cachoeiras em outros estados!

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Circuito das Cachoeiras faz valer a pena os 6 km de caminhada Foto: Mariana Blauth

Para conhecer todas as cachoeiras, é preciso fazer uma trilha dentro do parque que possui 6 km

Vá de roupas confortáveis e tênis, pois há muitas subidas e descidas íngremes  — em alguns trechos, é necessário ter bastante cuidado.

Quanto às cachoeiras, tem opções para todos os gostos!

A Cachoeira Andorinhas tem uma queda mais alta.

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Na Cachoeira Andorinhas, o banho é garantido. Foto: Mariana Blauth

Já outra possui uma queda menor, mas rende fotos lindíssimas.

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Cada cachoeira tem suas particularidades – e é difícil elencar a mais bonita. Foto: Mariana Blauth

Uma dica extra importante: evite entrar de óculos de sol nas cachoeiras.

Durante o nosso passeio, um integrante do grupo perdeu os seus acidentalmente.

Não encontramos o objeto, mas, em compensação, encontramos outros dois óculos que turistas haviam perdido  — sabe-se lá há quanto tempo eles estavam lá!

4. Apreciar a beleza do Véu de Noiva

Aproveitando a visita ao Parque Nacional, observar a cachoeira Véu de Noiva é a principal atividade no local.

Ao apreciar a sua beleza, você vai entender o porquê de ela ser considerada um dos principais pontos turísticos do Mato Grosso.

Em um paredão de arenito, a água da cachoeira cai por 86 metros, além de ser formada pelo rio Coxipozinho, que tem suas principais nascentes fora do parque.

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São 86 metros de queda, criando uma paisagem imponente. Foto: Mariana Blauth

Só é permitida a observação de um mirante.

A descida até a cachoeira é proibida por causa do arenito, que é um tipo de rocha muito sensível e que, por isso, apresenta risco de desabamento.

Com os raios solares, que refletem na cachoeira no período da tarde, prepara-se para um verdadeiro espetáculo.

Se você tiver sorte, também pode ver araras sobrevoando por lá.

O Véu de Noiva é uma atração autoguiada, ou seja, não precisa de acompanhamento de guia ou voucher de entrada no parque. 

5. Observar o pôr do sol no Mirante Alto do Céu

Vale a pena visitar o Mirante Alto do Céu, uma área privada de preservação ambiental onde é possível ter uma visão privilegiada do pôr do sol.

Esse é o único mirante que tem vista completa para Cuiabá.

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Vale a pena curtir o pôr do sol no Mirante Alto do Céu. Foto: Mariana Blauth

O local também oferece trilhas com mata preservada, onde você pode ver animais silvestres.

Custa 20 reais a entrada, e o mirante abre todos os dias das 9h às 18h.

6. Comprar lembrancinhas de bordadeiras

A última dica é para os viajantes que não conseguem conhecer um destino sem levar um souvenir para casa!

No centro da cidade, fica o grupo Bordadeiras da Chapada dos Guimarães, que integra o NEOM  — Núcleo de Estudos e Organização da Mulher.

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Toda a cultura da Chapada é traduzida em bordados pelo grupo. Foto: Mariana Blauth

O grupo é formado por mais de 300 mulheres, que foram capacitadas com aulas de bordado.

Hoje elas produzem panos, toalhas, aventais, almofadas, ecobags e itens de decoração  — tem opções para diversos gostos!

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Local ideal para comprar lembrancinhas da viagem. Foto: Mariana Blauth

Todos os desenhos bordados representam um pouco da história da Chapada, a partir da cultura regional e da expressão de valores e sentimentos. 

Elas realmente colocam o espírito da região na arte que produzem!

Então, para quem gosta de artesanato, esse é um trabalho lindo e delicado que vale a pena conhecer.

Aliás, aproveite para conhecer o centro da Chapada dos Guimarães.

Lá tem vários restaurantes para diferentes paladares!

Como visitar o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães

Criado em 1989, o parque é o local onde você fará boa parte das atividades na região.

Ele fica a 50 km de Cuiabá e pode ser visitado o ano todo, inclusive em fins de semana e feriados.

No entanto, a maioria das atividades, como Cidade de Pedra e Circuito das Cachoeiras, exige o acompanhamento de guias ou condutores autorizados pelo parque.

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Organização é um fator crucial para preparar a sua visita ao parque. Foto: Mariana Blauth

Os únicos atrativos autoguiados são a Cachoeira dos Namorados, Cachoeirinha e Véu de Noiva.

No site do Parque Nacional há uma lista de guias, que devem ser contatados para agendamento do horário de visita. 

O ideal é conhecer o destino de julho a outubro, que é a época de seca (e de altas temperaturas).

Como chegar

De carro, você precisa ter cuidado na estrada, que tem pista simples e vários trechos de aclive.

O acesso ao parque é feito pela Rodovia Emanuel Pinheiro – MT 251.

Se você estiver sem carro, há ônibus que partem da rodoviária de Cuiabá.

Onde se hospedar na Chapada dos Guimarães

Há várias opções de hotéis na Chapada, com opções para todos os bolsos.

Durante nossa estadia, ficamos na Pousada Penhasco, que tem uma superestrutura  — daria para ficar um dia inteiro apenas aproveitando as instalações do local. 

A pousada possui apartamentos single, duplo, triplo e quádruplo.

Um charme das acomodações é a sacada privativa para o penhasco, onde você pode observar o nascer e o pôr do sol e relaxar!

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Eu curti uma rede antes de ir aos passeios de manhã para recarregar as energias! Foto: Mariana Blauth

Entre os atrativos, o estabelecimento oferece restaurante, parquinho para crianças, quadra de esportes, piscinas com tobogãs e sala de jogos. Recomendamos!

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A pousada parece um parque aquático para crianças. Foto: Mariana Blauth

Gostaram das dicas? A Chapada dos Guimarães é realmente perfeita para aventureiros.

Então, é um destino que não pode ficar de fora da sua wishlist de viagem!

Ficou com dúvidas? Deixe o seu comentário abaixo!

Texto de Mariana Blauth, jornalista e content creator apaixonada por viajar.

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