Viajar sempre fez parte de minha vida. Aprendi que viajar é uma das melhores formas de investir em si mesmo, de autoconhecimento e de desenvolver competências sócio-emocionais (resiliência, criatividade, abertura ao novo, etc.).
Ao explorar o mundo tenho a oportunidade de conhecer novas culturas, ampliar a visão de mundo e de humanidade, compreender que existem diferentes modos de viver e de convívio social, e de perceber o quão maravilhoso é esse planeta que tão bem nos acolhe.
A cada viagem, retorno uma nova pessoa, repleta de novos insights e intuições.
Há 10 anos realizo ao menos de 3 a 4 viagens ao exterior por ano. E sou quem sou também graças a essas enriquecedoras experiências. Minha meta é conhecer 100 países até meus 90 anos – ainda faltam 70 países !!
Já viajei sozinha e muito bem acompanhada, e em todas as experiências pude reforçar laços, seja comigo mesma, seja com pessoas que são importantes em minha vida. E esse é um dos aspectos que mais amo das viagens.
Entre as viagens obrigatórias de todos anos está a viagem com amigas de infância. Meninas que se conheceram há pelo menos 2 ou 3 décadas e hoje são mulheres com vidas construídas em diferentes caminhos – empresárias, arquiteta, dentista, professoras, consultoras internacionais –, com personalidades fortes e distintas, e ao mesmo tempo unidas pelo prazer de simplesmente estar juntas e de poder ver o mundo pelo olhar da outra.
Nossa última viagem foi a Punta Cana, local que reunia programas para todos os gostos do grupo: muito sol, mar do Caribe, esportes náuticos e programações culturais.
E víamos em muitos momentos o olhar perplexo daqueles que nos questionavam, como famílias brasileiras que encontrávamos: “e onde estão os maridos?”. Nossa resposta: “Ficaram no Brasil, alguns cuidando das crianças, nos dando o maior apoio”.
Como fica evidente que em pleno 2017 ainda vivemos em um mundo antiquado, e que a liberdade é uma construção diária!
Sim, somos mulheres que amam e constroem a liberdade em nossos relacionamentos e em nossas profissões. Uma mulher sem trabalho fica à mercê e na dependência do aval do outro. Uma mulher que aprende a amar sabe que a liberdade é o fundamento de um relacionamento longevo e que faz sentido para a vida.
Por mais diferentes que sejamos, percebi que o que une nossa amizade são nossos valores. Valores de uma vida plena, livre, sem mesmice e de autorrealização.
E esses valores são tão fortes em nosso grupo que inclusive uma das amigas integrantes do grupo teve sua primeira filha e, na época, viajou conosco e deixou o bebê de cinco meses em casa! Exemplo máximo dessa nova geração de mulheres que veio para ajudar a melhorar o mundo.
Assim que chegamos no Brasil, estavam a bebê (calminha, feliz, serena), o marido e a mãe todos com um largo sorriso estampado no rosto, e já nos incentivando a próxima viagem, pois sabem o quanto esses momentos são importantes para nós. De fato, quem ama liberta!
Esses são apenas alguns dos insights que tive na viagem. Pela minha formação acadêmica, aprendi a ser uma observadora e pesquisadora social em qualquer circunstância. E assim minhas viagens vão sempre muito além de uma viagem, e tornam-se experiências antropológicas.
Nos divertimos, descansamos muito e voltamos revigoradas! E que esse breve relato sirva de inspiração para reforçar laços e se permitir a viver novas experiências, pois assim a vida fica ainda mais deliciosa.
- Texto de Soraia Schutel, que é empresária poliglota, doutora em Administração de Empresas pela UFRGS e sócia fundadora da Sonata Brasil. Ela ama tanto viajar e conhecer novas culturas que já estudou em países como Canadá, Rússia, Inglaterra e Bélgica (e tem uma série de projetos lindos para percorrer o mundo!)
# Se você também acredita no poder de uma viagem, junte-se a nós! Queremos formar uma rede de pessoas transformadas pelas experiências de vida que só as viagens proporcionam. Mande seu relato de viagem transformadora para travelterapia@waycontent.com ! Vamos adorar conhecer e compartilhar.